ALHEIO
João 13:34,35
Ao mesmo
tempo em que a sociedade humana tem manifestado um posicionamento absolutamente
contrário em relação aos inúmeros tipos de preconceitos e discriminações, sofridos e discutidos nos nossos
dias, onde o status do padrão ético recomendável e aceitável de
cultura parece considerar como inadequado qualquer tipo de preconceito em
relação às inúmeras diferenças humanas, ou seja, quando o bonito é ter uma
mente aberta e contrária em relação a idéia de qualquer tipo de discriminação e
o inaceitável e repugnante é nos depararmos com tais manifestações na
realidade da vida, parece que essa tentativa de construção
deste pensamento coletivo aparentemente bonito anti-preconceito cai
por terra todos os dias quando nos deparamos com os mais diversos
tipos de discriminação que são escarradas na cara dos desventurados. Todos nós,
participantes desta massa de incontáveis tipos de diversidades
humanas que são enxergadas no jardim da terra e que na verdade corresponde
à multiplicidade de características social, racial, cultural, etc, ou seja,
todos nós, os bilhões de indivíduos do planeta fomos feitos muito iguais
na grande maioria das características humana, todavia configurados com algumas
diferenças específicas, geralmente externas ou internas e alheias ou não
à vontade do ser, que parecem ser suficientes e que nos dão algum respaldo
para julgarmos, separarmos e excluirmos uns aos outros de acordo com as
diferenças do alheio.
Penso que
a nossa sociedade parece estar desconfigurada e pronta para excluir
sempre, seja devido a cor pele, sotaque, jeito de falar, país, local ou região
de nascimento, ou pelos hábitos, posturas e ações
exteriorizadas, pelo perfil social, cultural, econômico, inclusive excluímos
também por tipo de crença religiosa, questões sexuais, fisiológicas, ideais
filosóficos. Enfim, excluímos com muita
facilidade a todos aqueles que são, se posicionam ou parecem diferentes
de nós, andamos cegos e em guetos, protegidos, fechados em relação
às realidades existenciais plantadas no mundo real e verdadeiro.
Esta visão
e crença de que tudo o que é adequado e correto resume-se
somente àquilo que cabe dentro do tamanho das convicções da nossa mente
limitada, somente pode dar lugar a uma outra compreensão de vida quando
conseguimos ouvir e tocar ao Senhor Jesus Cristo que pode nos
transformar e ensinar a andar no caminho do não julgamento, do perdão, da
inclusão e do amor. A Bíblia sagrada nos ensina a amar a Deus sobre todas as
coisas, pois Ele nos formou à sua imagem e semelhança, todavia a natureza caiu
e surgiram então espinhos e abrolhos que nos impossibilitam enxergar
corretamente por nós mesmos. A Palavra nos ilumina também a amar ao próximo
como a nós mesmos, e aí não há mais lugar para perceber o outro com indiferença
ou julgamento por se tratar do alheio, ao contrário, assim podemos nos
colocar no lugar um do outro para fazer aos outros tudo aquilo que gostaríamos
que fizessem a nós, e essa cura revelada pela Palavra de
Deus torna-se graciosamente imperativa a todo ser humano quando Jesus
nos indaga sobre o por que de chama-lo Senhor, e não fazer
o que Ele diz. "Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim
também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus
discípulos, se vos amardes uns aos outros.
Pr. Denis Spaler