sexta-feira, 19 de maio de 2017

ALHEIO

ALHEIO
João 13:34,35

Ao mesmo tempo em que a sociedade humana tem manifestado um posicionamento absolutamente contrário em relação aos inúmeros tipos de preconceitos e discriminações,  sofridos e discutidos nos nossos dias, onde o status do padrão ético recomendável e aceitável de cultura parece considerar como inadequado qualquer tipo de preconceito em relação às inúmeras diferenças humanas, ou seja, quando o bonito é ter uma mente aberta e contrária em relação a idéia de qualquer tipo de discriminação e o inaceitável e repugnante é nos depararmos com tais manifestações na realidade da vida, parece que essa tentativa de construção deste pensamento coletivo aparentemente bonito anti-preconceito cai por terra todos os dias quando nos deparamos com os mais diversos tipos de discriminação que são escarradas na cara dos desventurados. Todos nós, participantes desta massa de incontáveis tipos de diversidades humanas que são enxergadas no jardim da terra e que na verdade corresponde à multiplicidade de características social, racial, cultural, etc, ou seja, todos nós, os bilhões de indivíduos do planeta fomos feitos muito iguais na grande maioria das características humana, todavia configurados com algumas diferenças específicas, geralmente externas ou internas e alheias ou não à vontade do ser, que parecem ser suficientes e que nos dão algum respaldo para julgarmos, separarmos e excluirmos uns aos outros de acordo com as diferenças do alheio.
Penso que a nossa sociedade parece estar desconfigurada e pronta para excluir sempre, seja devido a cor pele, sotaque, jeito de falar, país, local ou região de nascimento, ou pelos hábitos, posturas e ações exteriorizadas, pelo perfil social, cultural, econômico, inclusive excluímos também por tipo de crença religiosa, questões sexuais, fisiológicas, ideais filosóficos. Enfim,  excluímos com muita facilidade a todos aqueles que são, se posicionam ou parecem diferentes de  nós, andamos cegos e em guetos, protegidos, fechados em relação às realidades existenciais plantadas no mundo real e verdadeiro.

Esta visão e crença  de que tudo o que é adequado e correto resume-se somente àquilo que cabe dentro do tamanho das convicções da nossa mente limitada, somente pode dar lugar a uma outra compreensão de vida quando conseguimos ouvir e tocar ao Senhor Jesus Cristo que pode nos transformar e ensinar a andar no caminho do não julgamento, do perdão, da inclusão e do amor. A Bíblia sagrada nos ensina a amar a Deus sobre todas as coisas, pois Ele nos formou à sua imagem e semelhança, todavia a natureza caiu e surgiram então espinhos e abrolhos que nos impossibilitam enxergar corretamente por nós mesmos. A Palavra nos ilumina também a amar ao próximo como a nós mesmos, e aí não há mais lugar para perceber o outro com indiferença ou julgamento por se tratar do alheio, ao contrário, assim podemos nos colocar no lugar um do outro para fazer aos outros tudo aquilo que gostaríamos que fizessem a nós, e essa cura revelada pela Palavra de Deus torna-se graciosamente imperativa a todo ser humano quando Jesus nos indaga sobre o por que de chama-lo Senhor, e não fazer o que Ele diz. "Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

Pr. Denis Spaler

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