sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Quantas mortes somos capazes de enfrentar?
coluna-morrer
Quando cristãos são batizados, eles sabem que estão morrendo para o mundo e nascendo para Jesus. Será que todo mundo entende isso? Será que aquela morte é verdadeira? Ou será que o velho homem ressuscita em pouco tempo? A morte no batismo se confirma gerando várias outras mortes no decorrer dos anos – morte de alguns sonhos que não eram os sonhos de Deus, morte da soberba, do egoísmo, dos vícios, da mentira e da falsidade. Morte do apego às coisas e às pessoas, morte da vaidade, da arrogância e da estupidez. Tantas mortes atestam o óbito verdadeiro. Mas tem gente vivendo de fachada, dizendo que o “velho eu” está morto, quando está bem vivo em suas atitudes, suas palavras e suas decisões.
Quem dá a vida pelos amigos? Quem está disposto a ter menos para que outros tenham pelo menos um pouquinho? Quem deixa de realizar seus próprios sonhos para resgatar vidas? Ou deixa sua casa e sua família para visitar os pobres, enfermos e necessitados? Quantos de fato vivem assim?
Quantas igrejas abrem suas portas para os mendigos? Quantas disponibilizam um chuveiro para um banho quente? Um prato de comida? Um assento em seu Templo para um sujo e maltrapilho? Quantos cristãos se misturam?
Quase ninguém mais quer olhar para trás e lembrar do Evangelho genuíno da renúncia, da perseguição e da dor. Pregam a teologia da Prosperidade, mas não pregam a teologia de Cristo, que fala das riquezas espirituais e não das seculares. Há uns poucos cristãos que compreendem o verdadeiro sentido Bíblico, os demais se deixaram levar pelos ventos de doutrina, de um evangelho muito cômodo, muito confortável, muito limitado ao prazer e ao bem estar de cada um.
Há poucas pregações genuínas, poucos com coragem de dizer que a morte gera a vida, que para chegar mais perto de Jesus o caminho é estreito, cheio de tribulações e perseguições. A mensagem pode ser dura a princípio, mas é cheia de esperança. O soldado vai para a guerra, mas para trazer a vitória. Porém, poucos soldados querer sujar suas fardas, e pisar na lama, e ficar longe da sua pátria. A verdade do Evangelho começa mais ou menos assim: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida” (2 Co 4:8-12)

Cris Beloni Alencar

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